Saudações aos deuses!

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POR UMA EDUCAÇÃO ANTI-RACISTA

HISTÓRIA E A CULTURA AFRO-BRASILEIRA:



A RESISTÊNCIA CONTINUA!



sábado, 21 de agosto de 2010

A mulher na África antiga

[O matriarcado] constitui uma das grandes qualidades próprias às antigas culturas africanas [...]
[O matriarcado] não significa a dominação da mulher sobre o homem, mas a divisão de responsabilidades e privilégios. O poder é, na maioria das vezes, compartilhado entre mulher e homem, assegurando um equilíbrio estável nos negócios de Estado. [...]
São abundantes os exemplos de mulheres soberanas no Egito antigo. [...] Na Bíblia e nos registros históricos, encontramos o exemplo de Makeda (1005-950 a.C.), rainha de Sabá, soberana de um reino que se estendia desde partes do Egito à Etiópia, Sudão, Arábia, Síria e até a regiões da Índia. Além de controlar o comércio riquíssimo da região, de ouro, marfim, responsáveis pela ereção de palácios, estátuas, monumentos, complexos urbanos, represas e sistemas hidraúlicos sofisticadíssimos. [...]



A história da África conhece muitas rainhas-guerreiras, estadistas, que em vários casos enfrentaram militar e politicamente os escravistas e colonizadores europeus.

(Elisa Larkin Nascimento, "As civilizações africanas no mundo antigo", na Revista Thoth nº 03, set./dez. 1997.)


As mulheres também ocupavam posições importantes e cargos de responsabilidades no Reino de Kush (atual Sudão). Podiam ser, por exemplo, as sacerdotisas dos templos em Napata. A rainha era responsável pela educação dos príncipes até a idade de 21 anos e tinha um papel especial na política. Ela adotava a esposa do filho e com isso influía duplamente na administração do reino, tanto por meio do filho quanto da nora.

Por várias vezes a rainha-mãe ocupou, ela própria, o poder político, chegando a combater batalhas contra outros povos, como no enfrentamento com os romanos. A rainha-mãe reinante recebia o título de senhora do Kush ou candace. Este título deriva da palavra meroíta Ktke e significa rainha-mãe. Entre as candaces que chegaram ao poder encontra-se a famosa Amanishaketo (42 a.C.-12 a.C.), que usava também o título de gere, que quer dizer "chefe".

Uma das poucas vezes que a África antiga aparece na história universal é quando se conta que o povo cuxita, comandado por uma mulher, provavelmente Amanishaketo, enfrentou o poderoso Império Romano. Em 21 a.C., a rainha conseguiu que o imperador romano Augusto aceitasse assinar um acordo de paz pelo qual os cuxitas ficariam livres de pagar impostos aos romanos.

A estabilidade política do Reino de Kush tem despertado o interesse dos historiadores. Enquanto em outros reinos antigos existiram várias dinastias e muita violência na luta pelo poder, Kush, até onde se sabe, foi governado por reis ou rainhas de uma mesma família. Os fatores que podem ter contribuído para a estabilidade política e longevidade deste reino africano são: o sistema de escolha do rei, o rígido controle da monarquia sobre as riquezas minerais existentes no subsolo cuxita e a marcante participação da mulher no poder.

Fonte: superverme.blogspot.com/.../mulher-na-africa-antiga.html

4 comentários:

  1. Este texto interessante de Aline, nos convida a uma reflexão mais profunda sobre a família patriarcal e as conseqüências e responsabilidades de cada um de nós na manutenção de uma condição social que inferioriza, humilha e relega as mulheres a um plano inferior em relação ao homem, levando-se em consideração as questões de gênero.

    Apesar de no Brasil ainda vivermos em uma sociedade patriarcal, digo que a mulher, que é a grande prejudicada em todos os aspectos neste tipo de relação, é quem tem o maior poder de transformar esta realidade e não o faz devido a aspectos sócio-culturais, legais, religiosos e políticos.

    É interessante fazermos este tipo de reflexão e notarmos que a mulher, seja mãe, madrasta, avó, babá, empregada doméstica ou professora, é a responsável histórica no nosso modelo de sociedade ocidental, pela educação da criança, e conseqüentemente, maior responsável - não única - pela manutenção do patriarcalismo e do machismo, conseqüentemente pelo repasse da ideologia dominante que a inferioriza em relação ao homem.

    A educação é o ponto de partida para que sejam mudados estes tipos de comportamento que são no mínimo, reprováveis. Por ser a mulher quem educa as crianças, na ampla maioria dos casos, ela tem nas suas mãos o poder de virar o jogo a favor de uma sociedade igualitária, em termos de respeito as diferenças de gênero, e não o faz. Paradoxo...!

    Afirmo isto por que:

    1- A mulher como mãe e não o homem é quem educa as crianças e repassam os valores sociais contraditórios às regras da boa convivência;

    2- A mulher como professora, principalmente nas séries iniciais é quem dá seguimento à educação doméstica e continua repassando valores patriarcais, e machistas;

    3- A mulher também como babá que assume o papel da mãe e às vezes da professora, continua a repassar os mesmos valores que as duas anteriores;

    4- Porque ela também como madrasta ou avó, ocupa lugar de destaque na educação da criança.


    Excetuando-se alguns casos no Brasil nos quais os pais assumem a paternidade responsável, o que infelizmente é raro, é notório que é a mulher que educa a criança. Geralmente a criança só tem lá pelos 9 ou 10 anos o homem presente na sua educação quando passa a ter professores na sua formação. Isso sem contar o fato de que alguns pais pensem que educar é ser ríspido e agressivo com a criança, o que as faz afastar ainda mais deles.

    Gente, vamos dividir as responsabilidades do que de bom e de ruim acontece no mundo. Vamos educar as nossas crianças ensinando-as a conviver com as diferenças, a respeitar o próximo, a serem cidadãs. Só assim poderemos construir um país menos desigual e mais humano.

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  2. Parabéns pelo blog Aline somos parceiros em http://valeuzumbivaleu.blogspot.com um pouco parado ultimamente...

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  3. Parabéns pelo blog e pelo seu trabalho... estou aprendendo muito com você. Bjs

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  4. Obrigada! Continue visitando e contribuindo!
    Bjs.

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